Tecnologia de produ o de sementes
d) Temperatura
Diferentes espécies apresentam diferentes temperaturas ótimas para germinação. Estas diferenças podem estar associadas, em grande parte, com a própria evolução da espécie (clima da região de origem, etc.). Essa temperatura ótima para a germinação é definida como a temperatura em que a maior percentagem de germinação (100%) ocorre em um menor tempo.
Acima ou abaixo deste ótimo, as sementes podem atingir 100% de germinação, mas o tempo gasto será maior. Em geral, temperaturas muito baixas ou muito altas, inibem a germinação.
Por outro lado, muitas sementes embebidas requerem um pré-tratamento com baixas temperaturas (0 a 10oC) para germinar, não havendo relação entre esta baixa temperatura e a temperatura ótima para germinação. Este tratamento com baixa temperatura é denominado
ESTRATIFICAÇÃO. Esse tratamento de frio é comum em climas temperados, sob condições naturais. Nesse caso, as sementes são submetidas ao frio do inverno e germinam na primavera. c) Gases
A germinação (emergência da radícula) e o estabelecimento da plântula são processos que requerem energia e, ao contrário da embebição, ocorrem somente em sementes viáveis. A energia é fornecida pela respiração das reservas estocadas, um processo que depende da presença de oxigênio. A maioria das sementes germina numa atmosfera normal contendo 21% de O2 e 0,03% de CO2. Os resultados de alguns experimentos de laboratório indicam que a germinação de sementes de Xanthium é estimulada pelo aumento na concentração de O2 (isso parece estar associado à baixa taxa de difusão desse gás através dos tegumentos da semente).
Para a maioria das espécies, a diminuição da concentração de O2 pode causar inibição da germinação (as concentrações que inibem a germinação dependem da espécie).
e) Luz
As sementes podem ser classificadas em três categorias, dependendo de suas respostas à luz: as sementes em que a luz estimula o