Teatro de samuel beckett

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Esperando Godot (1948), Fim de Partida (1957) e Dias Felizes (1961), algumas das peças mais conhecidas de Beckett, compõem um acervo bastante representativo do chamado Teatro do Absurdo. O próprio conceito de absurdo, como: “o contrário à razão, ao bom senso, que fere as regras da lógica ou das leis da razão, ou é irredutível a elas, que escapa a regras ou a condições determinadas, disparatado, inepto” (Dicionário AURÉLIO, séc. XXI), revela a essência desse movimento estético teatral. Surgiu como expressão do pensamento Moderno, num momento histórico em que a sensação de certezas e pressupostos básicos e inabaláveis de épocas anteriores desapareceram (ESLIM,
1968, p.346).
O Teatro do Absurdo, segundo Eslim, “representa uma volta à função original, religiosa, do teatro, ou seja a confrontação do homem com as esferas do mito e da realidade religiosa”. O autor afirma ainda que “o Teatro do Absurdo expressa a ausência de qualquer sistema cósmico de valores geralmente aceito”, concluindo que este tipo de teatro não pretende explicar os caminhos de Deus para com os homens, limitando-se a apresentar, com ansiedade ou ridículo, a intuição de um ser humano particular sobre essas realidades últimas segundo sua própria experiência, ou os frutos do mergulho de determinado homem às profundezas de sua personalidade, seus sonhos, suas fantasias e seus pesadelos. (ESLIM, 1968, pp. 348-9)
Nas peças do Teatro do Absurdo, o predicativo que o nomeia apresenta-se numa linguagem dramática anti-aristotélica, transfigurando as unidades de tempo e de espaço.
O enredo é escrito a partir de um outro referencial: o radical afastamento da dramaturgia convencional. Os diálogos são proferidos por uma comunicação truncada.
Explora a desfiguração da linguagem através do nonsense, do fantástico, do humor negro. Parte da obra significativa de Beckett foi pensada e/ou escrita entre os anos 40 e 50, como afirma o próprio autor: “Escrevi toda minha obra muito depressa, de 1946

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