Te4s tekahsa

307 palavras 2 páginas
Para pensar a literatura infantil, é necessário pensar no seu leitor: a criança. Até o século XVII, as crianças conviviam igualmente com os adultos, não havia um mundo infantil, diferente e separado, ou uma visão especial da infância. Não se escrevia, portanto, para as crianças. Sendo assim, até este século, as crianças não eram percebidas socialmente como seres diferentes dos adultos, compartilhavam o mesmo tipo de roupa, ambientes caseiros e sociais como também o trabalho.
A partir do século XVIII, a criança passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias, havendo então o distanciamento da vida “adulta” e recebendo uma educação diferenciada, que a preparasse para essa vida. Nesse momento, a criança é vista como um indivíduo que precisa de atenção especial que é demarcada pela idade. O adulto passa a idealizar a infância. Os livros que trazem essa concepção são escritos, então, com o objetivo de educar e ajudar as crianças no enfrentamento da realidade, apenas no século XVII com Fenélon (1651-1715), justamente com a função de educar moralmente as crianças. As histórias tinham uma estrutura maniqueísta, a fim de demarcar claramente o bem a ser aprendido e o mal a ser desprezado. A maioria dos contos de fadas, fábulas e mesmo muitos textos contemporâneos incluem-se nessa tradição.
A literatura infantil brasileira, ainda que relativamente nova, atinge hoje em dia um estágio de maturidade, resultante do surto de criação e dos estudos teóricos e críticos de que vem sendo objeto. Essa situação é fruto de um percurso: a história que acumulou ao longo do século XX, exigindo maior pesquisa e interpretação. Logo, Nesses cem anos de literatura infantil houve também outros problemas, foi necessário acompanhar seu desenvolvimento do ponto de vista de produção, tentando balizar pontos em comum entre aquele conjunto e as outras modalidades de objetos culturais.

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