SÍNTESE. Livro: Relações Sociais e Serviço Social no Brasil - Cap III- Campos de ação e prática dos primeiros assistentes sociais
A demanda, ou seja, a procura por Assistentes Sociais diplomados ultrapassou o número de profissionais disponíveis. A partir de 1942 para acelerar a formação destes profissionais, foram ofertadas bolsas de estudos e cursos intensivos. Assim, grande parcela dos alunos das escolas passou a se constituir de funcionários de grandes instituições. Com isso a profissão se expandiu um pouco, ou seja, deixou de ser um privilégio totalmente das classes dominantes e das classes média e alta, para assim crescer um pouco na pequena burguesia urbana. Em 1947, os Assistentes Sociais não tiveram problemas no mercado de trabalho, estando inclusive diversas pioneiras em cargos de direção, organização, ou de docência. Este momento é marcado pela luta, pelo reconhecimento da profissão, pela exclusividade para diplomados, para as vagas que foram se abrindo nos campos de serviço social, em serviço público ou instituições paraestatais e autarquias. A procura limitada da profissão, até o desenvolvimento das grandes instituições foi de forma muito lenta. No início, a demanda era delimitada sendo de grande importância, às iniciativas das próprias escolas e organizações mantenedoras no campo profissional. A demanda no setor público se centralizou em São Paulo no Departamento de Serviço Social do Estado e em algumas funções especializadas como Inspetores trabalhos de mulheres. Já no campo particular, dá-se mais amplo e resistente em algumas obras assistenciais e em iniciativas do próprio CEAS (Conselho Estadual de Assistência Social) em centros familiares organizados a partir de convênio com o Departamento de Serviço Social do Estado.
No Rio de Janeiro havia um número limitado de Assistentes Sociais diplomados, sendo assim eram poucas instituições que tinham o privilégio de ter um assistente social. No setor público, o juízo de menores e o serviço de assistência ao menor são os primeiros a introduzir assistentes