Surgimento da Filosofia

Os povos da Antiguidade, cada um, possuíam pontos de vista diferente em relação à natureza e das diversas maneiras de explicarmos os processos naturais. Pelo fato de os gregos terem feito ciência, é na cultura deles que conseguimos encontrar um tipo de pensamento, denominado filosófico-científico que surgiu na Grécia no século VI a.C em que de acordo com Aristóteles, é Tales de Mileto o iniciador deste pensamento. Quando falamos que o pensamento filosófico-científico nasceu nessa época, não quer dizer que anteriormente não houvesse outras formas de se entender essa realidade. O pensamento mítico - o qual antecede o pensamento filosófico-científico na cultura Grega – consiste em uma forma em que o povo explica os aspectos da realidade em que vive. Os mitos são fruto de uma tradição cultural, ou seja, não é uma elaboração de algum individuo e não é produto de nenhum autor ou autores. O pensamento mítico julga a adesão, a aceitação das pessoas, pois ele não se justifica e não se fundamenta, sendo assim, não se presta pelo questionamento, à crítica ou à correção de alguém (ou é parte dessa cultura e aceita o mito como visão de mundo, ou não pertence e não lhe quer dizer nada, não faz sentido). Porém, mesmo com o passar de muitos anos, a influência do mito ainda permanece. O pensamento mítico tem como elementos centrais e sua forma de explicar a realidade: pelo recurso ao sobrenatural, ao mistério, ao sagrado e à magia, ou seja, as causas dos fenômenos naturais e o que acontece com os homens são governados por uma realidade exterior ao mundo humano e natural, em que apenas os sacerdotes e magos são capazes de interpretar parcialmente. Há uma ruptura bastante radical entre o pensamento filosófico-científico e o pensamento mítico em relação à forma de explicar a realidade, mas não se dá de forma completa e imediata. O pensamento mítico com o sobrenatural e os mistérios vão satisfazendo às necessidades da nova organização social que são mais preocupadas com a