Sumemo

SUMEMO: A MARCA DE ATITUDE

Se você é daqueles que julgam a pessoa pela aparência, ao dar de cara com Alexandre Bionde Miranda, pode pensar que o skatista careca de 44 anos de idade, recheado de tatuagens e com uma vasta barba, é um homem sério e de poucas palavras. Com apenas alguns minutos de conversa, percebe-se que se está diante de uma pessoa educada, que valoriza a família e está cheio de amigos ao seu redor.
Nascido na estação da Liberdade, centro de São Paulo, o paulistano nato e corintiano roxo, mais conhecido como Alex Poisé, é um empresário bem-sucedido, além de autoridade no skate e cultura no ‘street’.
O apelido Poisé veio desde a infância. Ao frequentar uma pista de skate na Av. Santo Amaro, seu irmão Álvaro ‘Porque’ recebeu o apelido por ser muito curioso e ficar o tempo todo fazendo perguntas. Logo depois, os irmãos foram ao show de uma banda punk rock chamada Coquetel Molotov, no Rio de Janeiro. O vocalista da banda colocou o apelido de Poisé e, desde então, Alex é conhecido assim.
Com a prancha sobre rodas sempre presente em sua vida, Poisé vivenciou momentos importantes na história do skate. “Na época da presidência de Jânio Quadros, era proibida a prática do skate no Ibirapuera. Eu achava isso ridículo, porque skate é um esporte. A gente sempre foi os ‘Ibiraboys’, segunda ou terceira geração”, disse. Sempre participando das competições de skate, seu irmão ao vencer um campeonato em 1986, ganhou uma passagem para a Califórnia, sonho de todo skatista, e por lá decidiu ficar. Com ajuda de alguns patrocinadores, dois anos depois, Poisé conseguiu juntar seu dinheiro e ir morar ao lado do irmão na Terra do Tio Sam. Porém, com alguns problemas pessoais, seu irmão teve que voltar. “Coincidiu de ele ter que voltar no mesmo dia em que eu estava indo morar lá. Por sorte nos encontramos no aeroporto de Guarulhos, onde conversamos por uma hora”, lembrou.
Com seu irmão de volta ao Brasil, Poisé decidiu ficar por lá pelo menos seis