Sum Rio

Sumário:
1. Introdução.
2. O termo areté.
3. Areté e a República de Platão.
4. Areté e a educação.
5. A areté grega como fundamento moral e ético.
6. Considerações finais. Referências bibliográficas.
1. O TERMO ARETÉ
Ao tratar-se de cultura grega, educação ou qualquer assunto relacionado à virtude no ideário grego clássico, deve-se logo mencionar o termo areté. A palavra em si designa o mérito ou a qualidade pelo qual algo ou alguém se mostra excelente.
Esta qualidade pode se referir ao corpo ou a coisas, como terra, utensílios, móveis, além de fazer menção ao campo metafísico no que diz respeito ao conceito de alma e de ter o sentido particular de coragem ou atos no sentido moral.
Sobre a cultura grega e a educação, invariavelmente observa-se que é impossível considerar os ideais de formação humana entre os gregos da Antigüidade sem referenciar um conceito muito importante para eles – areté.
A palavra educação é de origem latina – educatio onis. Significa a ação de criar e se aplica tanto a animais como a plantas. Pode ser usado também no sentido de instrução e formação do espírito.
A palavra grega que é relativamente equivalente à palavra latina educação é paidéia [2], que significa criança. Já o verbo paideúo significa criar, instruir, formar, e também se aplica a animais com o sentido de criar, formar.
Jaeger [2] afirma que a palavra paidéia surgiu pela primeira vez no século V a.C., e dá como registro mais antigo o passo 18 de Sete contra Tebas, de Ésquilo, onde, a seu ver, a palavra tem o mesmo sentido de trophé (criação). Na verdade, no início do século V, a palavra tinha o significado de "criação de meninos". Mas o próprio Jaeger assegura que a educação grega é melhor estudada em suas origens pela palavra areté.
Tratando da educação grega no período helenístico, portanto a partir de fins do século III a.C., pode-se observar que os primeiros sete anos de vida da criança são designados por trophé, período em que a criança é, em primeiro lugar,