substâncias tóxicas na confecção de roupas
“O Greenpeace está trazendo à luz o engano desta opção industrial, que já teve seu tempo, para mostrar como (o uso de partículas artificiais) vem destruindo a vida em todos os ecossistemas”, afirma o ambientalista.
Em julho de 2011, quando o Greenpeace lançou a campanha Detox, 18 grandes empresas do setor de vestuário comprometeram-se em diminuir a presença de substâncias tóxicas identificadas em suas peças. Tais partículas, frequentemente disruptores endócrinos, são conhecidas por inibir ou alterar o funcionamento de hormônios, promover a obesidade e até mesmo induzir a formação de câncer. Em janeiro de 2013, no entanto, um novo relatório divulgado pela organização aponta que diversas destas marcas ainda não atingiram os resultados esperados.
O estudo foi encomendado pelo Greenpeace da Ásia Oriental e analisou 82 produtos — entre roupas e calçados adultos e infantis, camisetas, macacões, casacos, jaquetas e maiôs — comprados em 25 países diferentes entre maio e junho de 2013. As lojas também variaram de grandes varejistas a pequenos comércios. American Apparel, Burberry, C&A, Disney, Gap, H&M, Primark, Puma, Uniqlo e, especialmente, Adidas, LiNing e Nike apresentaram resultados que preocuparam a entidade.
Em 61% das amostras, por exemplo, foi encontrado etoxilato de nonilfenol (NPE), que no ambiente se quebra resultando em nonilfenóis, reconhecidamente tóxicos. Mais do que isso, 94% de produtos com impressões de plastisol continham ftalatos — disruptores hormonais que, segundo o Greenpeace, interferem no desenvolvimento dos órgãos reprodutivos masculinos e na reprodução feminina. O estudo completo divulgado pela entidade, intitulado A Little Story About the Monsters In Your Closet (“Uma pequena história sobre os monstros no seu armário”, em tradução livre), está integralmente disponível online.
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