Stprodução

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SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO A importância que a indústria japonesa tem obtido no mercado mundial está diretamente relacionada com seus princípios de produção, nos quais se busca maximização de ganhos através da total eliminação de perdas. Pode-se dizer que o Sistema Toyota de Produção (STP) é o detalhamento operacional do modelo japonês, que colocou a Toyota como terceira maior fabricante de veículos do mundo. A crise do petróleo de 1973 configurou um novo cenário mundial, caracterizado por uma inversão na relação oferta/demanda, ou seja, as capacidades instaladas passaram a ser maiores que a demanda, necessitando-se assim de novos princípios de produção. Essas novas características de mercado refletem-se diretamente nas modalidades de competição, isto é, coloca-se em jogo a capacidade das organizações de se alterarem e adaptarem às variações de demanda (Coriat, 1988). Neste novo contexto, o Sistema Toyota de Produção (STP) constituiu-se em um exemplo de grande sucesso na adaptação às novas normas de concorrência intercapitalista, promovendo, ao mesmo tempo, uma produção flexível e com baixos custos. Este foi um dos motivos pelos quais se coloca o STP como modelo de ambiente moderno de manufatura. Este trabalho refere-se ao estudo do Sistema Toyota de Produção, baseando-se, principalmente, nas observações de Shigeo Shingo, Taiichi Ohno, Yasuhiro Monden e demais interpretações de autores nacionais, enfatizando-se principalmente aspectos de engenharia industrial. Segundo Motta (1993), o Just-in-Time (um dos pilares do STP) é considerado como sendo uma revolução no campo da administração e a razão do sucesso das empresas japonesas, seja em termos de flexibilidade e de competitividade, de qualidade e produtividade ou, ainda, de lucratividade. Dessa forma, torna-se necessário um estudo mais aprofundado do Sistema Toyota de Produção, o qual representa uma das mais bem sucedidas abordagens sistêmicas acerca da produção, para que o mundo ocidental, e

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