Sophia de Mello Andresen

Nota Bibliográfica: Sophia nasceu no Porto, a 6 de Dezembro de 1916. Do lado paterno, é de origem dinamarquesa e influenciada pelo seu avô materno, começa desde cedo a contactar com escritores portugueses. A sua infância foi passada na Quinta do Campo Alegre, que hoje é o Jardim Botânico do Porto, e nas férias de verão os pais alugavam uma casa na praia da Granja, deste modo estes dois locais estão presentes ao longo da sua obra visto que se tratou de uma infância, adolescência e juventude feliz, talvez porque a sua família não vive-se com problemas económicos visto que a mãe, Maria Amélia de Mello Breyner, era filha do conde de Mafra, médico e amigo do rei D. Carlos, Maria Amélia era também neta do conde Henrique de Burnay, um dos homens mais ricos do seu tempo, e aliás, Sophia refere que a quinta “foi um território fabuloso com uma grande e rica família servida por uma criadagem numerosa”.
Visto ter sido educada nos valores tradicionais da moral cristã, tornou-se dirigente de movimentos universitários católicos quando frequentava Filologia Clássica na Universidade de Lisboa entre 1936 e 1939. Colaborou na revista Cadernos de Poesia, onde fez amizades com autores reconhecidos como Rui Cinatti e Jorge de Sena.
Casou-se, em 1946, com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares e foi mãe de cinco filhos: uma professora universitária de Letras, um jornalista e escritor de renome (Miguel Sousa Tavares), um pintor e ceramista e mais uma filha que é terapeuta ocupacional e herdou o nome da mãe, foram os filhos que a motivaram a escrever contos infantis.
Em 1964 recebeu o Grande Prémio de Poesia pela Sociedade Portuguesa de Escritores pela obra “Livro sexto”. Já depois da “Revolução dos Cravos”, foi eleita para a Assembleia Constituinte, em 1975, pelo círculo do Porto numa lista do Partido Socialista.
Sofia de Melo Breyner acaba por falecer, aos 84 anos, no dia 2 de Julho de 2004 no Hospital da Cruz Vermelha.
Perfil Poético: A poesia de Sophia de Mello