Sociologia

1. Compartilhamos experiências e somos comparáveis aos seres que vivem dentro da Comunicação de Massa. Nós criamos a Indústria Cultural e a sociedade criadora é representada dentro das telas; surge a identificação com personagens e um desejo de projeção para dentro da tela para viver aquele momento, ou aquela vida. Dentro da Comunicação de Massa se processa uma existência em sociedade, e é na experiência social real que esse processo ganha significação. Para melhor compreensão, é necessário observar a Indústria Cultural no seu interior, entrar na tela e perceber que ali está representada uma sociedade inventada por uma outra que a compreende e traduz na insistente reciprocidade das trocas. No filme “A Rosa do Cairo” percebemos a relação da sociedade que consome a Comunicação de Massa e a sociedade representada, percebemos a dimensão simples da troca, intercâmbio e comunicação entre membros da sociedade real e da sociedade representada dentro da tela.isso indica que transitamos facilmente de um lado para outro, de dentro para fora da tela.

2. Para analisar a Comunicação de Massa devemos acompanhar a riqueza e controle de dois eixos discursivos: de um lado produtores e consumidores, e de outro o próprio discurso dentro da Indústria Cultural. Esse acompanhamento garante que serão mantidos na disjunção e na distância os preconceitos do investigador e a tentação das magias reguladoras ou formalistas. Uma conduta adequada leva produtores e consumidores a refletirem sobre o fragmento da Indústria Cultural que se está examinando, considerando o plano interno desse fragmento. É necessário respeitar a decodificação pelos informantes das mensagens veiculadas e a representação da sociedade na tela da Indústria Cultural, tal como ela mesma fala de si para nós. Analisando o que se fala sobre e dentro da Comunicação de Massa que tocamos o ponto sensível da interpretação.

3. Segundo Everardo Rocha, a relação entre a sociedade de consumidores da Comunicação de Massa e