Sociologia

1006 palavras 5 páginas
Relações raciais

Notadamente, Florestan elabora uma interpretação das relações raciais brasileiras em termos da desagregação da estrutura social anterior, o que implica a compreensão do contexto das relações raciais contemporâneas como o resultado imediato da conjugação de forças sociais presentes na batalha da abolição. Porém, outro aspecto nitidamente perceptível é o fato deste autor associar a economia competitiva à posterior eliminação da discriminação e do preconceito racial, dando vazão à compreensão de que a expansão capitalista possibilitaria a adequação das relações raciais à estrutura de classes da sociedade brasileira. Assim, ele apresenta uma perspectiva otimista quanto à inserção dos negros na estrutura de classes da economia competitiva. Porém, o autor desmistifica a noção de democracia racial à medida que apresenta, em contraposição, elementos discriminatórios presentes no cotidiano das relações raciais no Brasil, marcadas pelos resquícios da escravidão.
Apresentando uma perspectiva teórica distinta de Florestan Fernandes, Carlos Hasenbalg (1979) aponta o fato de a situação dos negros e dos pardos (para este autor: os não-brancos), no contexto social brasileiro, não ser apenas o produto direto de uma herança do passado. De acordo com esta concepção, as situações de discriminação e desigualdade racial configuram aspectos de uma estratificação social onde os negros estão sistematicamente expostos a desvantagens advindas desse sistema de classificação via cor da pele.
A raça é vista, aqui, como um dos elementos fundantes na estruturação das relações sociais. A subordinação dos negros é explicada a partir do entendimento dos mecanismos, definidores da posição dos grupos raciais, que operam no interior da sociedade.
O passado escravista não é visto como o elemento explicativo para um contexto de oportunidades desiguais, a que estão sujeitos brancos e negros. Nesse sentido, os mecanismos que operam na manutenção das desigualdades raciais fazem parte

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