Sociologia e globalização

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Sociologia Geral

Turma 189

Trabalho de Sociologia

Globalização:

Lei Global, Ordens Locais

Cássio Agostinho

Daniel Pacheco

Flávia Oliveira

Vinícius Leão

Novembro

2011

Apresentação

O presente trabalho trata de uma dissertação cuja base estrutura-se no capítulo 5 do livro “Globalização: As conseqüências Humanas”, de Zygmunt Bauman. Segundo o autor, “o livro tem como intenção mostrar que no fenômeno da globalização há mais coisas do que pode o olho apreender”. A obra tenta revelar as raízes e conseqüências sociais do processo globalizador e procura dissipar um pouco as dúvidas que cercam esse termo.

Lei Global, Ordens Locais

A nova hierarquia imposta pela globalização à sociedade divide-se entre os indivíduos que estão no alto e os que estão embaixo desta, fazendo com que símbolos culturais comuns, como a condição de mobilidade, sirvam a duas interpretações acentuadamente diferentes, dependendo da posição em que a situação do indivíduo se encontre. A tendência atual de criminalizar casos que não se enquadram à norma idealizada e o papel desempenhado pela criminalização para compensar os desconfortos da vida, tornando ainda mais odiosa e repulsiva a imagem da realidade da vida alternativa (imobilidade), são expressões extremas da polarização dos dois significados de mobilidade.

A complexa questão da insegurança existencial colocada pelo processo de globalização tende a se reduzir à questão aparentemente direta da “lei e da ordem”. Nesse processo, as preocupações com a “segurança”, o mais das vezes reduzidas à preocupação única com a segurança do corpo e dos bens pessoais, são sobrecarregadas de ansiedades geradas por outras dimensões cruciais da existência atual – a insegurança e a incerteza. Cria-se, então, a idéia de flexibilidade, ou seja, o projeto de tornar o mercado mais dócil e maleável, sem oferecer resistência ao que quer que se