Sociologia das migracoes
Os fluxos populacionais estiveram na base das várias teorias. A teoria mercantilista baseava-se num crescimento demográfico elevado (tese da abundância da mão de obra) como forma aumentar a produção de bens, desenvolver indústria e comércio (Rocha-Trindade 1995) estes consideravam negativa a emigração.
Com a Revolução Industrial manifestaram-se vários fluxos migratórios quer internos quer externos, com o êxodo rural das populações que se deslocavam das zonas rurais para as zonas urbanas em busca de melhores condições de vida e em resposta às necessidades cada vez maiores da uma indústria em grande ascensão devido ao desenvolvimento tecnológico. Esta superprodução acabará mais tarde por conduzir a um excesso de produtos no mercado, desemprego, salários baixos (excesso de mão de obra) e a uma grave crise económica que vai colocar em causa as ideias liberais de então. Estas migrações levaram a grandes transformações querem económicas, culturais e sociais quer mesmo na estrutura da própria sociedade, com mobilidade social de algumas classes etárias derivado às especializações em novas áreas de trabalho que lhe permitiam um estatuto social diferente.
Este êxodo rural provocou um aumento excessivo das zonas urbanas implicando a necessidade da intervenção do Estado com a implementação de políticas migratórias que permitissem um equilíbrio neste crescimento. Autores como Stuart Mill (1806-1873) e Thomas Malthus (1766-1834) defendiam a emigração (para as colónias) como forma de controlo demográfico. Malthus acreditava que um aumento populacional conduziria a um decréscimo dos recursos naturais, havia, por isso, a necessidade de se atenuar esta tendência com