socio

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Emprego: o fenômeno que poderia mudar o Brasil – mas não mudou

Ao apostar todas as suas fichas (políticas e econômicas) no emprego, o governo se esquece que a economia não irá a lugar algum sem avanços de produtividade

Ana Clara Costa
Fábrica de computadores da Positivo, em Curitiba
Indústria de transformação: manutenção do emprego e produtividade comprometida (Marcelo Almeida/EXAME/VEJA)

O grande trunfo dos 10 anos do PT na Presidência da República é a taxa de desemprego. Nunca ela foi tão baixa (chegou à mínima histórica de 4,6% em dezembro), nem houve década semelhante na criação de vagas: foram quase 20 milhões até o final 2012. Tal modelo de crescimento baseado na ampliação do emprego, contudo, não basta para manter o país no rumo da prosperidade. Ele traz riscos inflacionários e reduz a produtividade de diversos segmentos da economia brasileira, resultando no período de desaceleração econômica verificado atualmente. Retomar a agenda de crescimento requer medidas de urgência que, até o momento, o governo não se mostrou disposto a tomar.

A confortável situação do mercado de trabalho no Brasil tem dois componentes primordiais: o gasto público e o consumo. O governo aumenta seus gastos para estimular a economia, resultando na criação de postos de trabalho. A massa salarial recém-criada exerce seu poder de compra e faz girar a roda do capitalismo, criando uma espiral de otimismo e crescimento econômico - como vinha acontecendo até o início de 2011. Num mundo ideal, essa dinâmica seria acompanhada por investimentos pesados em educação e inovação, além da abertura de mercado para estimular a concorrência e melhorar, assim, a produtividade dos setores econômicos. E justamente nesta segunda etapa mora o erro do governo petista: a inovação foi relegada ao último plano ao longo da era Lula, e o protecionismo da indústria é a regra básica do governo Dilma. Assim, o emprego cresce estimulado pelo consumo, a demanda aumenta num ritmo acelerado acentuando

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