Slut Shaming - a mobilização das redes em casos de exposição sexual

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Exploração sexual mobiliza Vila Kennedy “A nova onda do momento ficou fácil de verdade. Ei, novinha, me passa seu Whatsapp”. Os versos de MC Robinho, que se referem ao aplicativo para smartphones que virou uma das principais ferramentas de comunicação entre jovens, confirmam também que as novidades na tecnologia não só promovem alterações na vida moderna como estendem sua influência ao relacionamento entre as pessoas. Na Vila Kennedy, Rio de Janeiro, um fenômeno que ocupa milhares de gigabytes é o compartilhamento de imagens e vídeos de mulheres nuas entre grupos de usuários do aplicativo Whatsapp. Ninguém sabe ao certo como começou
(provavelmente este ano), mas a proporção com que se expande é alarmante. Segundo integrante de um desses grupos, que não quis se identificar, as imagens chegam e são compartilhadas na velocidade da internet banda larga. “Quanto mais pessoas se inserem na rede, mais fotos começam a chegar. No início o movimento era mais discreto, mas agora este fluxo aumentou muito. Já aconteceu de chegarem 70 fotos no meu celular em um dia”, explica. Para se ter ideia do potencial de expansão dessa "onda", a informação segundo a qual o Brasil tem mais celulares do que habitantes é esclarecedora. E, de acordo com pesquisa da da F/Nazca com o Instituto Datafolha, 43 milhões deles já estão conectados à internet. A origem das imagens varia. Segundo esse informante, algumas meninas enviam espontaneamente as fotos para os grupos com a intenção de ganhar visibilidade na comunidade. Já outras tiveram suas fotos vazadas sem autorização ­ o que vem sendo chamado de "revenge porn" (pornografia de vingança, em tradução livre). O único aspecto em comum nas histórias é o desconhecimento da

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