slides de ontologia

7115 palavras 29 páginas
PARA A ONTOLOGIA DO SER SOCIAL

Parte I. A Problemática Atual

Introdução

G. Lukács

1. Ninguém se ocupou tão extensamente quanto Marx com a ontologia do ser social. A correção desta afirmação aparentemente apodítica somente poderá ser apresentada pela análise pormenorizada deste escrito sobre o método dos clássicos do marxismo e sua concreta posição acerca das principais categorias do ser social. Neste ponto pode-se apenas antecipar um catálogo resumido das questões decisivas e sua situação atual à guisa de orientação.

2. Quando os mais importantes filósofos do passado e do presente chegam a tocar em problemas que de fato pertencem à ontologia do ser social, na maioria das vezes apresentam-se as seguintes alternativas: ou o ser social não se distingue do ser em geral, ou se trata de algo radicalmente diverso, algo que não tem mais o caráter de ser, como, por exemplo, no século XIX, o valor, a validade, etc., como o tosco contraste entre o mundo do ser material enquanto reino da necessidade e um puro reino espiritual da liberdade. Essa alternativa, no entanto, jamais pode ser mantida em tal exclusividade radical de maneira conseqüente; é necessário procurar e encontrar soluções de compromisso. Desde logo, porque a contraposição entre reino da necessidade e reino da liberdade – de maneira evidente – dificilmente pode coincidir com a distinção entre ser em geral e o ser social. O ser social possui muitas zonas que, em uma maneira evidente para todos, parecem sujeitas à necessidade, à legalidade, como a própria natureza. Os pensadores são livres para julgar negativamente, do alto de uma moral ou de uma metafísica, tal legalidade do mundo social, como sucedeu freqüentemente, por exemplo, nas observações histórico-políticas de Machiavel ou com a economia de Ricardo. Com isso, no entanto, não se remove do círculo de problemas da filosofia o fato de que de que a vida social tem, ao menos em parte, um caráter de ser cuja cognoscibilidade exibe muitas

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