SINDICALISMO NO BRASIL

Parte 1 e 2

O sindicalismo no Brasil

Muitos acontecimentos históricos ocorridos no Brasil, tais como: Independência, Republica, Revolução de 30, fim da ditadura e muitos outros, são levianamente omitidos a importante interferência dos trabalhadores nas demarcações das direções de tais processos políticos. Existe uma idéia e cunho conservador e elitista em separar a história dos trabalhadores e a história do Brasil.
A inserção/consolidação do Brasil no modo de produção capitalista teve implicações que marcaram e marcam profundamente a vida econômica, política e social do país
Nossa fala se restringe ao “período em que os trabalhadores livres e assalariados, e principalmente a classe operária, já constituem o principal setor das classes trabalhadoras” (Boito Jr /2005), sendo que o Brasil passou a ter trabalho nestes âmbitos a partir da segunda metade do século XIX, com o desenvolvimento tardio da indústria em relação às grandes potencias. Portanto, o sindicalismo nasce no Brasil com o trabalhador livre e assalariado principalmente manual empregado na indústria.
As relações de trabalho e suas condições eram de grande exploração se qualquer direito garantido legalmente, havia jornadas diárias de 14 a 16 horas, com baixos salários, submetidos a lugares insalubres e perigosos, também ocorria em grande escala exploração da força de trabalho de crianças e mulheres que eram consideradas mãos de obra mais barata.
As primeiras manifestações e organizações se deram a partir dos imigrantes que tinham experiências em lutas amadurecidas advindas de movimentos históricos de seus respectivos países de origem, e que ajudaram na movimentação do operariado brasileiro no período de introdução e consolidação do campo industrial no Brasil. Sendo assim, diante de problemas sociais tão profundos e particularmente nunca vividos antes, as manifestações se tornaram mais freqüentes, e contaram com ideais socialistas que permitiu a primeira fundação do partido operário no país