SIMBOLOS DO JUDAÍSMO
Keará A Keará é uma bandeja especial usada na noite do Sêder (jantar cerimonial em que recordamos a história do Êxodo) de Pessach (Páscoa judaica). Geralmente tem seis entalhes circulares, onde os alimentos simbólicos são colocados para serem exibidos. Enquanto a Hagadá é lida (um livro de orações para Pessach), os alimentos são apontados para que o simbolismo de cada um deles seja explicado. Os alimentos simbólicos são: Marór (ervas amargas), Carpás (uma verdura), Chazéret (uma verdura, mais amarga), Charósset (uma mistura de maçã com nozes), Zerôa (pé ou pescoço de uma ave, assado) e Betsá (ovo duro queimado na casca).
Shofar É um dos instrumentos de sopro mais antigos do mundo. Em tempos bíblicos, seu uso mais importante era para intimidar o inimigo, declarar guerra e convocar a população para se reunir. Originalmente, o Shofar era tocado para anunciar o começo de cada mês (a lua nova). De acordo com a tradição, no primeiro dia de Elul (último mês do calendário judaico), um mês antes de Rosh Hashaná (ano novo judeu), Moisés subiu ao topo do Monte Sinai para receber os Dez Mandamentos pela segunda vez. Ele tocou o Shofar para fazer os hebreus se lembrarem de que não deveriam pecar e nem construir outro bezerro de ouro. Da primeira vez que Moisés subira ao Monte para receber os mandamentos, os filhos de Israel haviam construído um bezerro de ouro, que foi condenado por Moisés (por representar a idolatria a falsos deuses, Êxodo 32). Por esse motivo, o Shofar não é feito com chifres de vaca. Ao invés disso, é feito com chifres de carneiro, em comemoração à não ocorrência do sacrifício de Isaac. Há uma passagem que conta que Abraão deveria sacrificar seu filho único, Isaque, para provar sua fé. Mas, no último momento, Deus disse que o sacrifício não era necessário, e um carneiro foi sacrificado no lugar de Isaque. Para honrar esse animal, os judeus usam um chifre de carneiro nos serviços religiosos. A partir da passagem de Moisés, o Shofar, que até