Sigmar Polke
Serviço Educativo
Encontro com a Curadora Tereza de Arruda (moderadora) e Teixeira Coelho, Curador-Coordenador do MASP Georg Polke, filho de Sigmar Polke Christian Lethert, Coodenador da Coleção Ciesielski Mike Karstens (editor das obras de Polke a partir de 2000)
e exibição do filme
BRASILIEN, 1975. de Sigmar Polke, 16 mm, colorido, duração: 39 Minutos
por ocasião da exposição
REALISMO CAPITALISTA E OUTRAS HISTÓRIAS ILUSTRADAS – SIGMAR POLKE de 28 de outubro de 2011 a 29 de janeiro de 2012 Galeria Horácio Lafer, 1º andar do MASP
Em nenhum país do Terceiro Mundo o processo de crescimento rápido em poucos centros econômicos para poucos privilegiados e o empobrecimento da grande massa do proletariado urbano e rural operou-se tão rapidamente como no Brasil, o maior e mais rico país da América Latina. O Brasil capitalista converteu-se no exemplo perfeito tanto para os investidores da Europa Ocidental e dos EUA como para os críticos engajados. O crescimento foi produzido sob as condições de extrema desigualdade e dependência total dos países industrializados do ocidente - garantido pela violência desnuda do Estado. Os generais governaram a partir de 1964, e os últimos direitos civis foram suspensos também a partir de 1969. Pessoas foram detidas e torturadas em nome da „ditadura do desenvolvimento“.
A economia brasileira é totalmente dependente de países estrangeiros e de seus investimentos. Os números oficiais, publicados para anestesiar os receios dos brasileiros, asseguram que apenas 6 por cento do investimento fixo do país é controlado por estrangeiros. Esse número, já de si assustador, é também enganador. O total do capital investido em um país é formado por milhões de pequenas ou quase improdutivas propriedades e actividades cuja soma só passaria pela cabeça de um economista — lojas, minifúndios, as casas em que se mora, até as gorjetas dadas aos engraxates e aos guardadores de carros, que são