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vanço na medida em que afeta os seres humanos. Os triunfos da física, da química e daengenharia são tacitamente dados por supostos. Os únicos progressos científicosdescritos especificamente são os que se relacionam com a aplicação aos seres humanosdos resultados de futuras pesquisas nos terrenos da biologia, da fisiologia e da psicologia.É somente por meio das ciências da vida que se pode mudar radicalmente a qualidadedesta. As ciências da matéria podem ser aplicadas de tal modo que destruam a vida ou atornem impossivelmente complexa e desconfortável; mas, a não ser que sejam usadascomo instrumentos pelos biologistas e psicólogos, nada podem fazer para modificar asformas e expressões naturais da própria vida. A liberação da energia atômica assinalauma grande evolução na história humana, porém não (salvo se nos fizermos saltar pelosares e assim pusermos ponto final à história) a revolução final e mais profunda. Essa revolução verdadeiramente revolucionária deverá ser realizada, não nomundo exterior, mas sim na alma e na carne dos seres humanos. Vivendo, como viveu,num período revolucionário, o Marquês de Sade fez uso, muito naturalmente, dessateoria das revoluções para racionalizar seu tipo peculiar de insanidade. Robespierre haviarealizado a espécie de revolução mais superficial, a política. Penetrando um pouco maisfundo, Babeuf tentara a revolução econômica. Sade considerava-se o apóstolo darevolução verdadeiramente revolucionária, que iria mais além da mera política eeconomia - a revolução dos indivíduos, homens, mulheres e crianças, cujos corpos setornariam, de então em diante, a propriedade sexual comum, e cujas mentes deveriamser expurgadas de todas as decências naturais, de todas as inibições laboriosamenteadquiridas da civilização tradicional. Entre a doutrina de Sade e a revoluçãoverdadeiramente revolucionária não há, por certo, nenhuma relação necessária ouinevitável; Sade era um lunático, e a meta mais ou menos consciente de sua revolução eraa destruição

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