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O estupro das mulheres no seio familiar por qual motivo não se deve calar? A violência contra a mulher tem raízes profundas que estão situadas ao longo da historia. Infelizmente os casos de violência contra a mulher no seio familiar acontecem em diversos lugares no mundo, em diversas classes sociais, etnias, raças, em diversas gerações e em diversos tipos de relações pessoais. Tais relações estão mediadas por uma ordem patriarcal proeminente na sociedade, a qual atribui aos homens o direito de dominar suas mulheres, podendo em certos casos, atingir os limites da agressão. Por esse motivo, a violência familiar contra o sexo feminino é entendida como um fenômeno social baseado na desigualdade de gênero. Durante muito tampo o ambiente familiar foi tratado como um lugar privado e restrito, onde o Estado tinha muita dificuldade para entrar e combater a violência familiar. Somado a isto, o medo, a vergonha e a falta de informação contribuíram para que mulheres agredidas dentro desse espaço não denunciassem seus agressores, principalmente por se tratar, na maioria das vezes, de pessoas muitos próximas, como maridos, namorados, noivos, irmãos, pais, filhos e outros integrantes do grupo ou até mesmo por entender que o sexo no casamento é uma obrigação de ambas as partes. A violência domestica não é marcada apenas pela violência física, mas também pela violência psicológica, institucional, intrafamiliar/doméstica, sexual, patrimonial, moral, entre outras, que em nosso país atinge grande número de mulheres, as quais vivem estes tipos de desrespeito no âmbito familiar, ou seja, a casa, espaço da família, onde deveria ser considerado como lugar de proteção, passa a ser um local de risco para mulheres e crianças. Na maioria das vezes, as mulheres são submetidas ao crime de estupro, onde as mesmas são constrangidas a presenciar, a manter ou participar de relação sexual não desejada, por meio de ameaça, intimidação, coação, fazendo com que a elas utilize de sua