Serviço Social

Quarta-feira, 11 de setembro de 2013.

RESENHA CRÍTICA

MONTANÕ, Carlos. Terceiro setor e questão social: crítica ao padrão emergente de intervenção social. São Paulo: Cortez, 2010.
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De acordo com o autor, é preciso uma profunda reflexão sobre o papel tão bem instituído das chamadas ONGs, Organizações sociais, Fundações, Associações, etc., denominadas de terceiro setor.

Para ele é necessário desvendar o que de fato é esse setor, o que faz com que se caracterize como tal, pois, apesar de existir diversos referenciais teóricos que tratam desse assunto, ainda existem dúvidas a respeito do mesmo. Portanto, é necessário abranger um contexto maior de investigação, onde possa se fazer uma análise crítica sobre esse padrão emergente de intervenção social.

Dentro dessa visão crítica sobre o tema, discute-se o porquê tal fenômeno se difunde tão rapidamente nas mais diversas formas de atuação. Para Carlos, surge devido à ineficiência e inoperância do Estado (primeiro setor) em suas políticas públicas sociais, aliado ao olhar oportunista do setor privado (segundo setor), aonde vem preenchendo esse vácuo de forma oportunista, caracterizando com isso a desresponsabilização do Estado das suas reais finalidades.

O terceiro setor vem sendo analisado e criticado pelo autor, desvendando o seu principal objetivo, que nada mais é que a lógica da reestruturação do capital, chamando a atenção para a ideologia difundida a respeito do terceiro setor, onde se faz acreditar que o Estado não é o único responsável pelo atendimento das questões sociais, mas que a sociedade civil também tem sua parcela de responsabilidade nessa realidade social.

Como podemos analisar dentro da conjuntura política do país, tal denominação, apresenta-se como aliado das políticas neoliberais e todo o processo de reestruturação do capital da década de 70, aonde acontecem à flexibilização das relações de trabalho, da