Sermão aos peixes
(inspirado no sermão aos peixes de Santo António)
Ao longo do sermão:
São usadas simetrias, que evidenciam e constituem um exemplo da estruturação do sermão enquanto exercício mental de grande lógica.
As mesmas, pelas suas características repetitivas, permitem aos ouvintes atingirem mais facilmente o objectivo da mensagem, levando-os à reflexão e à auto-análise.
Para atingir a inteligência dos ouvintes, o orador usa argumentos lógicos, sucessivas interrogações retóricas, recorrendo à exemplificação (sentido literal/histórico do sermão) através de diversas entidades históricas, são exemplos: Cristo, Santo António, personagens da Bíblia, Aristóteles,.... As mesmas entidades têm, de igual modo, a função de incutir credibilidade/ respeitabilidade ao discurso.
Para atingir emocionalmente os ouvintes, usa interjeições, exclamações, apóstrofes, perguntas retóricas, que têm relação directa com a entoação. A frase interrogativa termina num tom mais alto, a declarativa num tom mais baixo, …, o que permite manter o auditório atento e envolvido na mensagem.
________________________
Capítulo I
Exórdio ou Introdução: exposição do plano a desenvolver e das ideias a defender
"Vos estis sal terrae" (relembrado por várias vezes noutros capítulos)
(Conceito Predicável: texto/versículo bíblico que serve de tema e que irá ser desenvolvido de acordo com a intenção e o objectivo do autor)
Ver esquema no site
Capítulo II
O sermão é uma alegoria (sentido alegórico do sermão) porque os peixes são metáfora e personificação dos homens: as suas virtudes são, por contraste, metáfora dos defeitos dos homens e os seus vícios são directamente metáfora dos vícios dos homens.
O pregador fala aos peixes, mas quem escuta são os homens.
(“Os peixes… ouvem e não falam” ≠ Os homens falam muito e ouvem pouco.)
O pregador parte de duas propriedades do sal divide o sermão em duas partes o sal conserva o são o pregador louva as