SEMIÓTICA
Semiótica é a ciência que estuda a produção do sentido nas diversas linguagens que possibilitam a comunicação. É uma ciência, porque está estrutura como tal, possui uma epistemologia própria e arcabouços teóricos bastante complexos que sustentam algumas verdades e suscitam muitas dúvidas.
A produção de sentido é um fenômeno que se dá na mente e na natureza. Não é exclusiva do homem que dá sentido às coisas. O sentido não está nas coisas tomadas isoladamente, mas surge na relação entre existentes singulares e independe de alguém que o interprete ou o pense como tal. Toda relação que evoca e provoca sentido é uma relação comunicativa porque supõe estímulo e resposta. Portanto, o sentido surge da interação comunicativa. É por isso que entendemos a Semiótica como a ciência que estuda em profundidade a comunicação humana e não humana.
O objeto de estudo da Semiótica são as linguagens. Por linguagens, entendemos o conjunto dos sistemas estruturados de sinais (signos). As linguagens são instrumentos que possibilitam a expressão e impressão. São, portanto, instrumentos dos quais a comunicação não pode prescindir. Não há comunicação sem linguagem. E são linguagens, por exemplo, os sinais utilizados no trânsito, a gestualidade, as coreografias, as palavras lidas, escritas, ouvidas e faladas, a música, a culinária, as trocas biológicas (como as da fotossíntese), as convenções sociais, o cinema, a TV etc.
Semiótica Peirceana
Charles Sanders Peirce era um lógico. Seu desejo era explicar como as linguagens eram produzidas. A idéia dele era que todo e qualquer tipo de linguagem era vivenciado, elaborado e exposto ao mundo por um mesmo processo lógico, já que a experimentação da realidade seguia um mesmo ritual em todo movimento de organização de mensagens.
Segundo Santaella , “Seu interesse (Peirce) em Lógica era, primariamente, um interesse na Lógica das ciências. Ora, entender a Lógica das ciências era, em primeiro
lugar,