SEMIN RIO DE TEORIA SOCIOL GICA II GRAMSCI

2022 palavras 9 páginas
O terceiro capítulo da obra de Gramsci apresenta uma crítica contumaz ao ‘Ensaio
Popular’ de Bukharin. Para compreender o significado de tal crítica, deve­se considerar que ela foi escrita no momento em que Bukharin tinha um papel fundamental na política soviética e representava uma linha de interpretação teórica soviética. A crítica coincide também com o período em que Gramsci redigiu a crítica a Croce, ou seja, ambos são a expressão de duas polêmicas em frentes opostas que visavam explicitar o sentido da dialética e do materialismo histórico no contexto da filosofia da práxis. No âmbito dos entraves com Croce e Bukharin, o marxista italiano enfrentou duas grandes revisões do marxismo e reiterou que tanto os problemas da assimilação de Marx pela filosofia burguesa quanto os limites decorrentes das interpretações que prevaleciam no âmbito da política marxista da década de 30, particularmente na Itália onde o pensamento socialista se mesclava com uma determinada sociologia positivista que Gramsci não cessou críticas.
A crítica ao Manual Popular de Bukharin apresenta­se como uma rigorosa demonstração dos limites das posições mecanicistas e dogmáticas que estariam presentes tanto na base da política soviética quanto na postura de determinados intelectuais da social­democracia italiana.
Vale pontuar, que a crítica se pautava numa atuação partidária dialética, na qual os antagonismos pudessem se manifestar num equilíbrio de forças contrastantes, com o escopo de construir um consenso ativo e operante.
De acordo com Gramsci, o determinismo anula a ação efetiva das massas e às reduz à passividade, o que torna inviável a processo de organização política das classes trabalhadoras.
Assim o objetivo de restabelecer o significado da dialética marxista

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