Segato

Curso: Direito
Disciplina: Antropologia jurídica
Aluna: Patrícia Bastos
SEGATO, Rita Laura. Antropologia e Direitos Humanos: Alteridade e ética no movimento de expansão dos direitos universais. Mana 12(1) Rita Laura Segato
A antropologia, enquanto disciplina que busca estudar o homem em seus diversos contextos se faz imprescindível para a ponderação e garantia destes direitos. O texto apresenta tensão entre o relativismo da antropologia e o universalismo dos direitos humanos.
Depois de examinar diversos aspectos e alternativas de saída da tensão entre o relativismo da antropologia e o universalismo dos direitos humanos, a autora propõe que o movimento de espansão destes origina-se no “desejo ético” de uma “ética de insatisfações” que, no deslocamento antropológico para a perspectiva do outro, pode se nutrir. Chega, por essa via, à fundamentação teórica de uma antropologia engajada e de um momento disciplinar já não definido meramente como o estudo dos outros ou do espelhamento reflexivo do mundo do antropólogo neles, mas de uma prática disciplinar renovada por uma “disponibilidade” para os outros e expostas deliberadamente à sua interpretação e à sua demanada.
O texto mostra que existe interesse no aprofundamento do entendimento de “lei, moral e ética”,e cada vez mais como o uso de interpretação nas leis com relação à moral e ética, para que ocorra um julgamento justo, a analise das leis com tal interpretação.
[...]Hoje, mais do que nunca, com as evidências incontentáveis da diversividade de visões de mundo e sistemas de valores, reunidas pelos etnógrafos durante um século de antropologia, devemos perceber claramente a diferença e a distância entre a lei e a moral, entre sociedade nacional e comunidades morais[...] (p 211)
O mais importante do texto cita as conseqüências de se entender lei, moral e ética como princípios diferentes, cito essa parte como mais importante, pelo fato de se definir como “desastroso” o não entendimento dos três princípios