sean wihelm

439 palavras 2 páginas
Eu não preciso de ajuda, nem mesmo de sorte. Preciso mesmo é de força pra lutar sabendo que será eu por mim, preciso ser imparcial e paciente pra entender que será apenas mais uma das milhares de guerras que acontecem diariamente, e nessa guerra ninguém é especial, só se ganha se souber resgatar a lição em uma derrota. Espero que você faça suas melhores escolhas, há sempre momentos no jogo que não é mais possível mudar as peças - também não te desejo sorte, e não te ofereço ajuda, porque o azar é apenas um acaso dando seu jeitinho pras coisas irem pelos ares. Somos eternos estrategistas nessa guerra do dia-à-dia, uma guerra interior, uma guerra tão fria que não existem vencedores, apenas alguns sobreviventes gravemente feridos lutando por algum propósito qualquer. Depois talvez seja muito tarde pra se atirar em uma realidade qualquer, depois talvez seja muito tarde pra perceber que ninguém fica muito tempo em lugar chamado vazio - o momento de fazer as malas sempre é o agora. Dificilmente encontramos certezas no caminho, e mesmo quando elas se revelam são cheias de incertezas inquestionáveis, só preciso de fé pra seguir meu rumo, porque meu passado não foi dos melhores, e meus acertos eu lembro muito mal.

Ser fã é perigoso, vai muito além da admiração, usamos pessoas como referenciais e nos espelhamos por mais errados que eles sejam. É colocar a mão no fogo por alguém tão humano quanto nós mesmos. Gostar incondicionalmente de uma pessoa que nunca nos dirigiu uma palavra se quer. É aguentar as críticas, e se machucar talvez até mais do que a quem foi pronunciado. É sentir as dores e os efeitos sabendo que passamos a viver mais de uma vida ao mesmo tempo. Chega a ser fascinante o modo em que um desconhecido se torna parte da família pelas suas qualidades.
Ajoelhar e rezar todos os dias por alguém que nem sabe da sua existência, mas num gesto sincero e impagável de preocupação. Ser fã é perigoso, mesmo que as atitudes sejam erradas, elas cativam. Ser fã

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