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Le Corbusier poucos dias de deixar o Rio de Janeiro, fez um esboço rápido e apartir dai, os arquitetos foram dando forma ao projeto levando em conta os 5 pontos da arquitetura com bastante flexibilidade.O projeto procura seguir de modo bastante fiel as recomendações de Le Corbusier para o que ele considerava uma “nova arquitetura”: proposta de um bloco simples orientação uniforme das salas simplicidade e clareza da disposição intera, seu bloco principal está suspenso sobre pilotis, possui a estrutura portante liberando as paredes da função de sustentação, está vedado por cortinas de vidro. Foi um dos primeiros edifícios, em todo o mundo, a fazer uso do recurso do brise-soleil (quebra-sol) a fim de evitar a incidência direta de radição solar em sua fachada norte.

Uma análise do memorial descritivo escrito por Lúcio Costa é um importante referencial para confirmação da atitude consciente perante o projeto, sendo a implantação no lote e a inserção urbana associadas às condicionantes climáticas e geomorfológicas pontos importantes a serem considerados. Segundo Costa (1995)
“... resolvemos dispor o mesmo no centro da quadra, na orientação mais conveniente, o que, além de apresentar vantagens sob o ponto de vista urbanístico, permitiu, ainda, vista desembaraçada para a baía”.
As conveniências do ponto de vista urbanístico dizem respeito à filiação dos princípios racionalistas que transgride o modelo de implantação tradicional (rua-corredor) e insere o edifício solto no lote, valorizando a visualização do edifício na sua totalidade, influência cubista de percepção da quarta dimensão (o tempo). Com relação a privilegiar a vista da baía, percebe-se o respeito às especificidades do sítio, dessa vez contrariando o caráter universal da arquitetura moderna.
Os ângulos de incidência dos raios solares ao longo do ano servem de parâmetro para a implantação, que, como primeira atitude projetual tem importância capital na manutenção do conforto no