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A REPRESENTAÇÃO DO RIO E DA FLORESTA PARA A MNHA INFÂNCIA
Minha infância se deu numa cidade interiorana do estado, no município de Maués. Onde o contato com o rio e a floresta foi constante por vários fatores, alguns por necessidade e outros por puro prazer.
Fui criada por meus avós paternos e tanto eles como meus tios e tias sempre me cercaram de muitos cuidados, também pudera, nossa família era bem extensa. Como já disseram, meus avós tiveram nada mais nada menos que 14 filhos, que sempre me lavavam para um lado e para outro, afinal eu era como se fosse a caçula. Assim sendo, não é difícil de imaginar que minha infância foi bem agitada.
Fomos todos criados numa casa bem humilde, localizada próximo a uma usina de extração de pau rosa denominada São João, na qual meu avô era gerente. Naquela época, não tínhamos água encanada e por conta disso, dependíamos das águas do rio Maués-Açú, que passavam bem em frente de onde morávamos, para realizar todos os afazeres que necessitavam do uso desse líquido tão precioso. As louças, roupas, lençóis, toalhas, etc , levávamos e lavávamos em cima de uma ponte de madeira que meu avô havia mandado construir à margem do mesmo rio. Porém, para minha querida vó realizar outras tarefas dentro de casa que também necessitavam do mesmo líquido, tínhamos que carrega-lo por várias vezes, subindo e descendo uma pequena ribanceira, atividade que para mim não trazia nenhum problema, muito pelo contrário, executava-o com muita satisfação, pois logo depois viria a recompensa. Meus avós sempre permitiram que eu brincasse juntamente com os demais, naquele rio maravilhoso de águas límpidas por alguns momentos, pois não podíamos demorar muito, porque logo cortariam o nosso barato, então tínhamos que aproveitar ao máximo. Para mim aquele rio era como se fosse parte de um parque de diversões a minha inteira disposição. E ainda aproveitávamos para apreciar o pôr-do-sol por detrás das matas (floresta) do outro lado do rio, sem contar com a vista