Santos

A totalidade do diabo: como as formas geográficas difundem o capital e mudam as estruturas sociais1
Resumo por Gabriel Galvão Brasileiro2
O surgimento e funcionamento dos objetos geográficos criam novas funções e localizações sociais, novos grupos e pontos de vista, os quais se desenvolvem e interagem. Sendo um instrumento da evolução social, uma forma criada por um novo momento histórico da formação socioeconômica e apenas um resultado desse momento.
Os métodos e a ideologia do planejamento que prevaleceram na década de
1950 perderam sua credibilidade e não mais são aceitáveis para os países do
Terceiro Mundo. O atual período tecnológico possibilitou novos avanços para equipar as economias centrais de objetos cuja estrutura técnica abriga potencialidades, dando um tipo de poder as coisas, nunca visto anteriormente.
As formas tornaram-se um meio de penetração nos países subdesenvolvidos por duas razões principais: os resultados a logo prazo e a natureza técnica das novas formas. Impondo com isso, três mecanismos: a implantação de novas formas especificas, a substituição de funções já existentes por outras mais funcionais, e a execução dos projetos de planejamento aparentemente isolados, mas com o mesmo alvo, possuindo força para criar e determinar relacionamentos. Daí em diante, foi possível dirigir à ação exclusiva as formas, de forma separada das estruturas.
A Ação sobre o Mundo Rural
Programas oficiais garantem empréstimos a pequenos proprietários de terra para a compra de sementes, fertilizantes, equipamentos, etc., e encorajam a comercialização e a administração modernas, sob o pretexto de ajudar a solucionar problemas de abastecimento de alimentos e de pobreza rural, mas a finalidade verdadeira é modernizar a economia rural e aumenta a composição técnica e orgânica do capital na agricultura, formando monopólios rurais.

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