SALÁRIO, PREÇO E LUCRO DE KARL MARX

O estudo marxista consiste em analisar as relações sociais dos indivíduos de acordo com a dinâmica produtiva das sociedades e consequentemente a divisão e lutas de classes. Em seu livro O Capital no capitulo sobre Salário, Preço e Lucro, Marx discorre sobre como se constitui a mercadoria e como é atribuído o seu valor, sendo que para Marx o que determina o valor da mercadoria não é o salário, mas a quantidade de trabalho necessário para sua produção. E que a força de trabalho também se caracteriza como uma mercadoria, pois é uma força que cria valor, ou seja, o capitalista compra a força de trabalho por um determinado valor e se apropria dela durante determinados períodos, sendo que essa força de trabalho produzirá um valor maior do que a sua própria força de trabalho. E ao abordar o valor da força de trabalho na produção de mercadorias, Marx vai explicar a produção da mais-valia que nada mais é do que o lucro excedente no processo de produção de mercadorias. Recentemente presencie dois estudantes discutindo sobre os métodos marxistas, um deles defendia que o mundo atualmente não vive mais como nos tempos de Marx e que suas teorias estavam ultrapassadas. Isso me levou a refletir sobre os conteúdos teóricos abordados em sala de aula sobre as analises marxistas e o mundo do trabalho na contemporaneidade. Marx usou o conceito proletariado para definir aqueles que não tinham nada além da sua força de trabalho. Com a reorganização do processo de trabalho advinda da globalização e das inovações tecnológicas, onde hoje é necessário cada vez menos trabalho para produções cada vez maiores, como o próprio Antunes vai dizer “É o trabalho vivo sendo substituído pelo trabalho morto”. Será mesmo que as analises marxistas estão ultrapassadas? Como podemos pensar o mundo do trabalho atualmente diante de tudo que foi posto por Marx? Marx analisou o modo de produção das fábricas nos países capitalistas e nas relações entre capitalista e