Saber popular e a questão do estatuto da ciência

SABER POPULAR E A QUESTÃO DO ESTATUTO DA CIÊNCIA

Aline do Socorro Rocha
Danilo Pinto de Almeida Saldanha
Gustavo Batista de Lima
Kayo Rodrigo Brito de Fonseca
Kelton Lima Monteiro Mendes
Wanessa Correia Espindula

RESUMO

Este texto apresenta uma breve compreensão a respeito do embate entre saber popular e o estatuto da ciência, discorrendo sobre a perspectiva do pensamento europeu, por meio de análises antropológicas. A partir das Grandes Navegações com as idéias acerca dos povos não europeus, de como trataram esses, suas culturas e conhecimentos, em específico à sua ciência, considerada hoje etnociência; fazendo uma análise dos princípios da ciência cartesiana para em relação a esta argumentar certos aspectos análogos na ciência dos povos ditos “primitivos”, de maneira que se possa considerá-la como ciência propriamente dita; analisando casos de sua contribuição sem a devida consideração em certas regiões do Brasil; mostrando em específico no Pará estas Influências; propondo certo diálogo amigável entre ambas. Utilizando como base o texto Saber Popular ou a Experiência de Saber isto não se aprende na escola dos autores Jane Felipe Beltrão e Luiza de Nazaré Mastop-Lima.

Palavras - chave: Saber popular, Estatuto da ciência, visão européia.

1-Introdução
Para falarmos a respeito do debate entre saber popular e a questão do estatuto da ciência, é necessário analisarmos como a idéia de ciência foi construída por meio de o pensamento europeu em contra ponto aos conhecimentos ditos etnociêníficos dos povos “primeiros”, discorrendo também, de como foi tratado em alguns períodos, mostrando exemplos e suas influências que fazem parte desta discussão.

Figura 1: Foto do mercado do Ver-o-Peso onde são vendidas ervas.
2-Questão da provável constituição do pensamento europeu no período das expansões marítimas.
Segundo os autores Beltrão, Mastop-Lima (2002, p. 94) por meio de pesquisas, para encontrar princípios