S0CIOLOGIA

A PENA DE MORTE
A Pena de morte torna se um espetáculo para a maior parte,e para alguns um objeto misto de compaixão e de desdenho;todos estes dois sentimentos ocupam mais o ânimo do espectadores que o salutar terror que a lei pretende inspirar. Mas nas penas moderadas e contínua,o sentimento é o último, porque é o único. O limite que o legislador deveria fixar ao rigor das penas parece consistir no sentimento de compaixão,quando começa a prevalecer sobre qualquer outro no ânimo dos espectadores,pelo suplicio causado mais por eles que pelo réu.para uma pena seja justa não deve ter senão somente aqueles graus de intensidade que bastam a demover os homens ,apreciam a morte com

e calma quem por fanatismo ou por vaidade que quase sempre acompanham o homem além da tumba;aqueles que tem por última e desesperada tentativa,ou não viver,ou de sair da miséria,mas { infelizmente } nem o fanatismo nem a vaidade estão entre os cepos.
A quem disser que a escravidão perpétua é tão dolorosa quanto a morte,e por isso igual ,só momento;e é esta vantagem da pena de escravidão,que amedronta mais a quem vê do que a quem sofre. Quem fez essa lei? homens ricos e poderosos que nunca se dignaram a visita as esquálidas cabanas do pobre, que nunca dividiram um mofado pão entre os inocentes gritos dos esfomeados filhos e as lagrimas da esposa.Rompamos estes vínculos,fatais a maior parte e úteis a alguns poucos e indolentes ;Quem devem pensar os homens no ver os são magistrados o os nobres sacerdotes da justiça,que com indiferente tranqúilidade,fazem rastejar,com lentos preparativos,o réu á morte,e enquanto num misero espasmo nas angustia, esperando o golpe fatal,possa o juiz com insensivel frieza, e talvez também com um secreto deleite da própria autoridade,a degustar dos comodismos e prazeres da vida? que quase todos os séculos e quase todas as nações deram pena de morte a alguns delitos,eu responderei que ele se aniquila em face da verdade,contra a qual não há