rota 66

Resenha do Livro Rota 66 (Caco Barcellos)
O livro Rota 66, do jornalista brasileiro Caco Barcellos, conhecido por defender vítimas de injustiças, é mais que uma “ História da Policia Que Mata”, trata-se de uma publicação que denuncia um grupo de matadores de inocentes e ou suspeitos, grupo este formado pela Polícia Militar da capital paulista.
O livro já no primeiro parágrafo, prende o leitor de tal maneira que o faz viajar e aprofundar-se em cada palavra lida na cuel história da polícia, dos bandidos e dos inocentes. A narrativa de Barcellos é descritiva, porém sem repetições, somente divulgadora.
A Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), teoricamente foi criada para combater guerrilheiros, porém atrás dos bastidores a história é bem diferente.
Caco Barcellos relata em minúsculos detalhes a violência e os crimes policiais na cidade de São Paulo, ele cita nomes e desmascara os policiais corruptos. A obra é resultado de um banco de dados que o jornalista conseguiu organizar durante anos de pesquisas feitas nos jornais que publicavam as notícias das mortes em tiroteios, no necrotério e entrevistas. O Jornal Notícias Populares que noticiava os supostos tiroteios e apoiava a ação dos PMs, foi uma das fontes de pesquisa do autor.
A Rota era composta por um exército de matadores, que não prendiam, espancavam e matavam os suspeitos em supostos tiroteios, sendo que, na maioria das vezes as vítimas estavam desarmadas e sem nenhuma chance de se defender.
Após executarem as vítimas, ao invés de levarem os corpos para o (IML) Instituto Médico Legal, os corpos eram levados para o hospital, os PMs tinha o intuito de fingir prestar socorro aos cadáveres. O local do crime era alterado para dificultar o trabalho da perícia.
O livro é composto por três partes, no primeiro capítulo, o jornalista relata a perseguição da Rota ao fusca azul em um bairro nobre de São Paulo, os PMs fuzilaram os três jovens estudantes, sem antecedentes criminais e de classe média alta, os