Romantismo_Prosa

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Romantismo - Prosa indianista
No Brasil, após a independência, inicia-se o romantismo, marcado pelo subjetivismo, idealização amorosa e a busca pela indentidade nacional. E juntamente com esse fator, começa também a busca de um herói nacional. Na Europa, esses heróis eram os cavaleiros medievais, e como no Brasil, isso estaria fora do contexto histórico, outra figura teve reconhecimento como herói: o índio, o primitivo das terras brasileiras.
Nos romances indianistas, o índio era considerado o bom selvagem, o herói do enredo. O autor de maior destaque, foi José de Alencar. Suas maiores obras foram:
Trecho de "O Guarani"
Reparem que as características do romace indianista de José de Alencar podem ser vistas nesse trecho
“Peri, que durante um ano não fora para ela [Ceci] senão um amigo dedicado, aparecia-lhe de repente como um herói (...).
(...)
No meio dos homens civilizados, era um índio ignorante, nascido de uma raça bárbara, a quem a civilização repelia e marcava o lugar de cativo. Embora para Cecília e D. Antônio fosse um amigo, era apenas um amigo escravo.
Aqui, porém, todas as distinções desapareciam; o filho das matas, voltando ao seio de sua mãe, recobrava a liberdade; era o rei do deserto, o senhor das florestas, dominado pelo direito da força e da coragem."
Nas suas obras, além de mostrar o índio como herói, ele ainda utilizava muitos termos em Tupi. Reparem que existem certos termos em Tupi nesse trecho de Iracema:
Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se. Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo. Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face do desconhecido. De primeiro ímpeto, a

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