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Descrição e interpretação da actividade cognoscitiva
1.2. Analise comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento
1.2.2 A distinção entre empirismo e racionalismo

Unidade Programática: Descrição e interpretação da actividade cognoscitiva
Unidade didáctica: Análise comparativa de duas teorias do conhecimento.
Objectivos específicos: Compreender o racionalismo como teoria gnosiológica sobre a origem do conhecimento.
Texto 1
“ A posição epistemológica que vê no pensamento, na razão, a fonte principal do conhecimento humano, chama-se racionalismo (...).
A razão é a fonte do conhecimento.
Segundo ele, um conhecimento só merece na realidade este nome quando é logicamente necessário e universalmente válido. Comentário: Defende um conhecimento logicamente necessário e universalmente válido. Quando a nossa razão julga que uma coisa tem que ser assim e que não pode ser de outro modo, (...), sempre e em todas as partes, então, e só então, nos encontramos ante um verdadeiro conhecimento, na opinião do racionalismo. Um conhecimento desse tipo apresenta-se-nos, por exemplo, quando formulamos o juízo «o todo é maior do que a parte», ou o juízo «todos os corpos são extensos». Em ambos os casos vemos com evidência que tem de ser assim e que a razão se contradizia a si mesma se quisesse sustentar o contrário. E porque tem de ser assim, é também sempre e em todas as partes assim. Estes juízos possuem, pois, uma necessidade lógica e uma validade universal rigorosa. Pelo contrário, sucede uma coisa muito diferente com o juízo «todos os corpos são pesados», ou o juízo «a água ferve a 100 graus». Neste caso só podemos ajuizar que é assim, mas não que tem de ser assim. É perfeitamente concebível que a água ferva a uma temperatura inferior ou superior; (.). Estes juízos não têm, pois necessidade lógica. E mesmo assim falta-lhes a rigorosa validade universal. (...) A razão disto é que, nestes juízos,