Revoluções américa latina: mexicana, cubana, sandinismo, etc

Universidade Federal de Minas Gerais
Faculdade de História
Disciplina: História da América II
Professora: Priscila Ribeiro Dorella
Aluna: Mariana Vasconcelos Martins

Fichamentos • Revolução Mexicana As reformas liberais de 1876 tiveram profundo impacto sobre a sociedade indígena, visto que mexiam na organização fundiária; até então, tais terras eram comunais, dotadas de um valor sagrado, e viraram propriedade privada após as reformas. As reformas liberais inevitavelmente acabariam prejudicando os índios e a Igreja. No norte, as reformas ocasionaram uma economia extrativista e muitos imigrantes, bem como a agropecuária. No sul, incentivou-se a instalação de grandes companhias. Assim, a radicalização das reformas, bem como a desapropriação de terras indígenas e eclesiásticas e a marginalização de amplos setores foram importantes causas da Revolução Mexicana. Tais reformas nem sempre lograram trazer a modernização e muitas pessoas não se viram por elas beneficiadas. A difusão da educação, por exemplo, foi muito aquém dos discursos liberais. Mesmo Madero foi acusado pelos liberais de estar sendo ineficaz na implementação de reformas, apesar de sua adoção do sufrágio universal, Madero propunha uma transformação mais lenta e gradual, enquanto muitos outros reclamavam a urgência dessas mudanças (Madero assume em 1910, sendo morto em 1913). A pressão de Zapata e poncho Vila força o governo de Carranza a adotar reforma de cunho social, como a reforma agrária de 1915. Em 1917, adota-se uma Constituição inovadora, incluindo muitos direitos sociais, como direitos indígenas e trabalhistas. Há quem diga que a Revolução acaba em 1917, com essa Constituição ou em 1920, com a pacificação. A Constituição de 1917 serviu de referência para várias nações latino-americanas – como o Brasil, em 1946. De fato, ocorreram mudanças: a reforma agrária se efetivou, mas, ao longo dos anos, suas conquistas foram perdidas. Várias propriedades indígenas