Revolução e dagenham - resenha.

Revolução em Dagenham
Afonso Gomes

O filme Revolução em Dagenham do título original, Made in Dagenham, e lançado no ano de 2010, dirigido pelo diretor inglês Nigel Cole, mais conhecido por dirigir o filme De repente é amor, traz uma história baseada em fatos reais que retrata fatos ocorridos durante a greve de 1968 na fábrica da Ford de Dagenham, onde um grupo de 187 mulheres costureiras entra em greve em busca de igualdade salarial. Ao iniciar o filme, o narrador fala que a fábrica “é um dos pesos-pesados da indústria de motores”. E resalta que a Ford de Dagenham era nada mais nada a menos que a maior fábrica automobilística de toda a Europa e a quarta em escala mundial, e que a mesma, produzia cerca de três mil carros por dia, e empregava 55 mil pessoas, com empregos diretos e indiretos, dos quais, 187 empregos eram ocupados por mulheres que desempenhavam um trabalho de importância tão significativa quanto o trabalho masculino, no entanto, recebendo apenas metade do salário de um trabalhador do sexo masculino. A personagem principal Rita O’Grady, interpretada pela atriz Sally Hawkins, toma a vanguarda do movimento feminista logo no inicio quando o ator coadjuvante Bob Hoskins que faz o papel de Albert, o sindicalista honesto (ao contrário de muitos outros mostrados no filme) reúne-se com o grupo de costureiras e sugere a criação de um grupo para participar de uma reunião com os chefes da fábrica e sindicatos. No entanto, Rita O’grady não existiu na vida real, a personagem é uma criação dos autores, criada para expressar e agregar de maneira geral o que todas as mulheres passaram ao se posicionarem contra o sistema de dominação masculina da época. De acordo com o sistema produtivo da época, o fordismo, onde o produto era produzido em linha e passava por diversas fases, tornando uma fase de extrema importância para outra, ou seja, caso uma parasse todo o processo de produção seria prejudicado. O grupo de mulheres ao tomar consciência de sua posição social e