Revolução inglesa

A conquista da América possibilitou a internacionalização da economia mercantilista e o fortalecimento das coroas absolutistas européias nos séculos XV e XVI. Portugal e Espanha, pioneiros na expansão marítima, estabeleceram colônias de exploração em todo o Hemisfério Sul visando à complementação de suas economias e o acúmulo de riquezas, como mandava a cartilha protecionista da época. Enquanto isto, Holanda, Inglaterra e França passavam por conflitos religiosos cujas repercussões políticas e econômicas fizeram com que essas nações empreendessem suas colonizações tardiamente. Veremos aqui o caso da Revolução Liberal na Inglaterra, iniciada em 1603 com as desavenças entre a dinastia católica dos Stuart e o Parlamento Inglês constituído desde 1215, representativo da burguesia puritana. Este conflito culminou na Revolução Gloriosa em 1688.

Já estudamos a formação do Estado Nacional inglês através das ações do rei inglês Henrique VIII Tudor que criou a Igreja Anglicana em 1534 e confiscou as terras católicas. Em 1603, a dinastia Stuart (de linhagem escocesa e católica) assumiu a coroa inglesa com Carlos I e Jaime I. A partir de então, a Inglaterra, cuja igreja nacional era anglicana, teve um rei católico e um Parlamento representante dos interesses da burguesia puritana. Eis a rivalidade que foi o estopim da Revolução Inglesa. Observe o quadro:

|Dinastia Stuart |Parlamento Inglês |
|Linhagem escocesa e católica |Puritanos |
|Tendência à centralização do poder |Defesa dos cercamentos |
|Empecilho ao desenvolvimento capitalista |Representantes da burguesia |
|Conflito de conotação religiosa |