Revolução Francesa
(Primeira parte: Assembleia Constituinte e Convenção)
Ao longo do século XVIII, vários pensadores elaboraram um pensamento que questionava a sociedade comandada pelos monarcas absolutos, principalmente quanto à igualdade civil, num processo de esclarecimento (Iluminismo). A partir dos anos de 1780, as ideias tecidas por esses pensadores iluministas passaram a ganhar corpo e começaram a tomar as ruas e a mover os atos de inúmeras pessoas, sobretudo no ano de 1789. Tinha início, então, a Revolução Francesa.
Os Estados-Gerais
No final do século XVIII, a França estava mergulhada numa profunda crise. Gastando mais do que se arrecadava desde fins do século XVII, faltava dinheiro ao Estado francês. Com o passar do tempo, a situação foi se agravando, principalmente na segunda metade do século XVIII. O envolvimento em conflitos armados, como a Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763) contra os ingleses (da qual, a Inglaterra, vencedora, saiu fortalecida como a principal potência europeia), proporcionou um agravamento da crise financeira.
Luís XVI herdou um Estado falido, e desde o início enfrentou forte oposição, até a nobreza defendia a restrição do poder real. Essa situação se agravaria, sobretudo após 1777, quando a crise atingiria seu ápice com o envio de tropas francesas para lutar a favor da independência das colônias inglesas na América do Norte.
A década de 1780 piorou ainda mais a situação, em função das más colheitas desses anos. Em 1787 e 1788 ocorreram quebras de colheita e a crise da falta de alimentos e alta dos preços do pão se instalou nos campos e nas cidades.
Luís XVI, então, mostrou-se disposto a fazer reformas que fortalecessem as finanças reais, no entanto, sem que houvesse perda do poder absolutista. Em 1787, o governo propôs uma grande reforma tributária, que previa o pagamento de impostos por parte da nobreza e da Igreja católica. Ou seja, as mudanças na forma de cobrança dos impostos