Revolução dos Bichos

Revolução dos Bichos: uma análise crítica focada na questão da memória

Rodrigo Persa

A Revolução dos Bichos (Animal Farm) é um filme de origem americana, dirigido por Josh Stephenson, ele é inspirado no livro do mesmo nome de George Orwell. Tanto o filme quanto o livro são uma alegoria a forma de governo existente na antiga URSS que era comandada por Josef Stalin. A história se passa em sua grande parte na propriedade do senhor Jones, um fazendeiro de pouco sucesso e que faz uso excessivo da bebida alcoólica, o que acaba provocando uma série de descasos aos seus melhores trabalhadores, os animais.

Cansados de tanto descaso, todos os animais são convocados para uma reunião onde escutam as palavras do então líder pensante da fazenda, o porco Major, que discursa sobre os vários direitos pertencentes aos bichos que vieram até ele através de um sonho, e diz que os humanos são os responsáveis pelo sofrimento dos animais. Esse pronunciamento inspira e une as diferentes raças de animais ali presentes, isso porque como mostra Oliveira (2012, p.25) “a construção, a manutenção, e a atualização da Memória Social, mesmo em suas manifestações mais individualizadas, dependem estritamente da interação social ou da comunicação intergrupal”. Durante toda essa agitação, o fazendeiro Jones acaba atirando no meio da multidão, provocando a morte do porco líder e acaba posteriormente oferecendo a sua carne de comida para os outros animais, desencadeando assim uma revolução inimaginável em sua fazenda.

Após terem conseguido o controle da fazenda, os animais se reúnem para traçar os próximos objetivos, combinam uma meta de produção que supere a dos humanos para mostrar o seu valor e assim ganhar notoriedade, e promovem reformas como a mudança de nome da propriedade para “Animal Farm”. E então eles finalmente, um pouco receosos, invadem a casa dos humanos e