Revolução de 30

A Revolução de 1930 representa o aprofundamento de uma crise que se inicia com a consolidação e implantação da República Velhas (1889-1930) fundamentada num sistema oligárquico, isto é, conjunto de regras e práticas políticas que asseguram o predomínio de um pequeno número de pessoas no controle do Estado. Durante a 1ª República no Brasil esse controle era exercido por chefes políticos estaduais e municipais que acumulavam apoder econômico e social em graus variados e com estilos diversos.
Segundo Hamilton de Matos Monteiro, “ o estabelecimento da República, a bem da verdade o estabelecimento da Federação, permitiu que as diversas oligarquias locais ascendessem ao poder, no seu âmbito regional, assumindo o controle da máquina adminsitrativa, em particular da fiscalidade, construindo mecanismo para sua eternização no poder.”(p.211). Esta era a alma do coronelismo. Para Carone; "o coronel é aquele que protege, socorre, hominiza e sustenta materialmente seus agregados; por sua vez, exige deles a vida e obediência e fidelidade”.
Após a crise do sistema açucareiro nordestino, o café passa a ser o principal produto da economia brasileira que nessas primeiras décadas do século XX tinham como sustentáculo econômico a cafeicultura. A intenção era conseguir uma estabilidade financeira e cambial.
Entre 1894 e 1920 o sudeste recebeu cerca de dois terços dos três milhões de imigrante estrangeiros entrados no Braisil. A imigração de elementos estrangeiros ( portugueses, italianos e espanhóis) demonstra a crença negativa das autoridades nacionais em “considerar o elemento nacional como um trabalhador útil”. Ante a dificuldade de desestruturar formas de produção artesanais e camponesas, preferia o governo incentivar a vinda dos imigrantes, mais facilmente manipuláveis. O papel dos imigrantes estimulou uma produção voltada para o mercado interno, quer em se tratanto da produção de gêneros alimentícios para os centros urbanos, quer em se tratando em sua participação no