Revolução Copernicana

CRISES E REVOLUÇÕES: A REVOLUÇÃO COPERNICANA
SEGUNDO THOMAS KUHN
BRACKENRIDGE, J. B. Kuhn, Paradigms, and Astronomy: Astronomy as a Case Study of Kuhnian Paradigms. In: Proceedings of the American Philosophical Society, v. 129, n. 4, 1985. COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes celestes. Trad. de A. D. Gomes e G. Domingues. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1984. ÉVORA, F. R. R. A revolução copernico-galileana. 2v. Campinas: CLE-UNICAMP, 1993. KOYRÉ, A. From the close to the infinite universe. Baltimore: John Hopkins, 1957. KUHN, T. S. The essential tension. Chicago: The University of Chicago Press, 1977. _____. The copernican revolution. Cambridge: Massachussets, 1957. _____. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1996. MOSCHETTI, M. A unificação do cosmo: o rompimento de Galileu com a distinção aristotélica entre céu e terra. Campinas, 2002. 194 p. Dissertação (mestrado em Filosofia).
IFCH, UNICAMP

A necessidade de crise no paradigma científico é essencial na Filosofia da Ciência de Thomas S. Kuhn. Alguns estudiosos argumentam que não havia crise na Astronomia quando Copérnico publicou o De Revolutionibus porque ele não trouxe qualquer avanço na precisão dos cálculos astronômicos. Esta questão é examinada no caso específico da revolução iniciadoa por Copérnico, ressaltando dois momentos diferentes do pensamento de Kuhn: na Estrutura das Revoluções Científicas e na Revolução Copernicana, obra anterior do autor, esta na área da história da ciência. A proposta deste trabalho não é fazer uma exposição mais abrangente do modelo kuhniano, mas apenas colocar alguns elementos mais estreitamente ligados ao problema da crise na astronomia que teria gerado a revolução copernicana. Kuhn é taxativo em defender o fracasso técnico como o mais importante fator responsável pela crise do modelo de Ptolomeu, mas, também aponta outros fatores que a teriam causado. Um estudo amplo discutiria igualmente a pressão social para a reforma do calendário, pressão