Revoltas populares - Brasil

1636 palavras 7 páginas
CABANADA

O Brasil, órfão de um líder regente (com a abdicação de D. Pedro I (1831) e D. Pedro II, herdeiro do trono, ainda era criança), sofreu diversos conflitos sangrentos, entre eles a Cabanada, em 1832.
Diferente de todas as outras, a Cabanada não foi uma contestação ao regime imperial autoritário, nem ambicionava a independência regional, foi uma guerra das “gentes do mato” – índios, escravos, posseiros – em defesa de sua porção de terra.
O que simbolizava a luta dos revoltados na Cabanada era o direito às terras e às melhores condições de vida.
Preocupado, o governo ordenou que uma junta de 1.000 homens do exército inspecionar os estados, com medo de que alguma dissidência ocorresse no local. Em 1832, os ‘cabanos’ se mostraram resistentes à ofensiva e derrotaram facilmente os homens enviados pelo governo.
O nome do líder Vicente de Paula, que comandava os cabanos, começou a ser alastrado como figura transgressora e aliciadora de escravos em todo o governo.
Entretanto, os próprios nativos forçados a trabalhar sentiam que essa revolta era um passo para se libertarem da repressão dos senhores de engenho. Só esse argumento explicaria a adesão de mais de 3.000 homens sob a ordem do capitão Vicente de Paula para exigir a volta do imperador D. Pedro I e a hegemonia da Igreja que, segundo seus protestos, estava ameaçada com a entrada dos jacobinos no governo.
Vicente de Paula tinha uma larga vantagem em relação ao exército; batalhava na mata, terreno amplamente conhecido pelos escravos e índios de Jacuípe, que também aderiram à causa. Em um momento, o governo tentou cercar a mata, mas foi surpreendido com a força do temerário batalhão dos “papa-méis”, formado somente por refugiados escravos.
Em 1834, D. Pedro I faleceu na Europa, o que acabou desanimando os cabanos a enfrentarem o governo. Mesmo assim, os governadores de Pernambuco e Alagoas, Manoel de Carvalho Paes de Andrade e Antonio Pinto Chichorro da Gama, não se inquietaram com o suposto fim da

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