Resíduos Sólidos na Construção Civil - Panorama Geral

A indústria da construção civil apresenta um enorme crescimento, segundo estudos da Fundação Getúlio Vargas. Entre 2010 e 2022, para suprir o déficit habitacional brasileiro, seria necessária a construção de 23,49 milhões de novas unidades habitacionais. Desta forma, é muito importante um desenvolvimento do mercado, mas é de extrema importância que isso aconteça de forma sustentável, em razão da escassez dos recursos naturais.
Segundo Ricardo Texeira, vice-presidente do Sinduscon – CE, “num planeta onde é cada vez maior a preocupação com o meio ambiente, as atitudes sustentáveis tornam-se imprescindíveis para todos os setores da economia. No Brasil, desde 2010 está em vigor a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), definindo papéis de cada setor, na preservação do meio-ambiente. Ao lançar o Manual de Resíduos Sólidos, o Sinduscon-CE vem reforçar a importância destes procedimentos, com a difusão das técnicas mais adequadas para a destinação de cada tipo de resíduo. Assim, esperamos que, quando a nova política estiver 100% implantada, o setor esteja afinado, aproveitando o que poder ser reutilizado, conhecendo a legislação e gerando benefícios econômicos, sociais e ambientais.”
Pesquisas revelam que no setor da construção civil, são gerados, por ano, mais de 100 milhões de toneladas de resíduos, sendo a construção civil, o setor responsável por X%. Para regulamentar esta geração foi criada a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que define que na gestão e no gerenciamento dos resíduos sólidos deve ser seguida a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Mas, para que esta política funcione adequadamente é fundamental que haja um planejamento.
Com um plano para gerir os resíduos sólidos pode haver um enorme ganho tanto no âmbito econômico quanto no ambiental, pois evita o desperdício de entulhos e sobras, além de reduzir o consumo de