resumos de artigos de parasitologia humana

Resumo
A Amazônia brasileira é hoje considerada peculiar para a doença de Chagas. A região nunca se libertou da presença do Trypanosoma cruzi, o qual participa desde 1922 de um ciclo enzoótico muito bem estabelecido entre animais silvestres da região. As descrições clínicas de casos autóctones da Amazônia até o momento são raras; porém nas poucas descrições, predominam síndrome febril, em geral prolongada. Com exceção do edema de face e de membros inferiores, os outros sintomas e sinais são inespecíficos, o que faz com que ocorram frequentes erros de diagnósticos com algumas endemias prevalentes na região. Foram estudados 233 casos de fase agudada doença de Chagas, oriundos do Pará, Amapá e Maranhão, cento e sessenta deles retrospectivamente e setenta e três prospectivamente. Entre indivíduos em estado grave, foram consideradas duas possibilidades de desfechos clínicos: melhora ou óbito. Nos casos analisados prospectivamente foi realizado anamnese completa, exame físico geral e especial dos aparelhos cardiovascular e digestivo. Na avaliação clínica enfatizaram-se sinais e sintomas, mensuração da temperatura, ambos em fase pré-tratamento. Todos os pacientes apresentaram, sem variações, síndrome febril de início súbito prolongado. Os reservatórios, vetores e animais silvestres tem sido alvo de diversos estudos que sempre registraram os riscos de potenciais da doença em humanos. Os achados laboratoriais inespecíficos descritos nos casos de doença de Chagas em áreas endêmicas do Brasil variam. Em infecção aguda experimental por Trypanosoma cruzi demonstrou-se que as alterações medulares são frequentes e incluem anemia e presença de linfócitos atípicos, trombocitopenia, leucopenia e hipoplasia medular, e que todas essas alterações são reversíveis após tratamento. Estudos mostraram que a infecção por via oral parecia ser mais agressiva, agudamente, do que pelas outras vias. Hoje, são necessários estudos sistematizados de seguimento dos casos agudos que possam avaliar