Resumo
Jürgen Habermas é considerado um dos filósofos mais influentes e combativos da atualidade. Professor e pesquisador, assistente de Theodor Adorno no Instituto de Pesquisa de Frankfurt, Habermas é natural de Düsseldorf, Alemanha. Apesar de aposentado, ele continua produzindo artigos e recebendo prêmios pelo trabalho em ciências sociais e relevância social, filosófica e política, muito graças a sua obra “Mudança estrutural da Esfera Pública”. Fez várias reflexões ao longo do século XX, na qual sustenta a tese da plena responsabilidade quanto ao nazismo para a população alemã. Também faz alerta quanto aos perigos que rondam os sistemas democráticos, a situação da União Europeia e também os efeitos da concorrência globalizada. Suas análises sobre a atualidade também englobam o fortalecimento das democracias, a formação discursiva da vontade e da opinião.
Habermas desenvolveu a Teoria da Ação Comunicativa (TAC) com detalhes em dois extensos volumes, cada um com mais de 500 páginas, publicados em 1981. O ponto central é o paradigma da comunicação, da intersubjetividade, da ação comunicativa, contraposta à ação estratégica. A teoria tem três objetivos: mostrar que o conceito de racionalidade comunicativa difere da instrumental, sustentar conceito de sociedade que engloba o mundo da vida e o de sistema e delinear uma teoria da modernidade. Habermas quer dar conta dos paradoxos da modernidade, mostrando que o paradigma das filosofias do sujeito se esgotou, criando condições para manter a vida social diferenciada do sistema. Habermas aperfeiçoa a teoria ao longo da obra, em resposta a críticas, enfatizando que apenas a diferença entre ação comunicativa e ação estratégica produz coesão e consenso.
Habermas descarta a teoria dos jogos e também a sociológica, ficando apenas com as teorias sociológicas baseadas na ação comunicativa. Um dos referenciais teóricos mais importantes para a teoria sociológica da ação é Max Weber.