RESUMO: O QUE É CIÊNCIA AFINAL? CHALMERS, Alan F. O que é Ciência Afinal?. Tradução: Raul Filker. Editora Brasiliense. 1993. Cap. I – Indutivismo: Cie ncia como conhecimento derivado dos dados da experie ncia Para dar vida à ideia de Indutivismo como uma ciência, o Autor subdivide esse primeiro capítulo de sua aclamada obra em cinco partes. A primeira enuncia uma concepção de senso comum da ciência plausivelmente aceita. Plausivelmente porque a ciência em si é citada como nãoespeculativa e não-subjetiva. Se tomarmos o conhecimento científico como um conhecimento provado objetivamente, encontraremos neste certeza e consistência. O raciocínio indutivo se caracteriza como principal tema desse capítulo, e sendo esse o principal, seu antagonista seria o indutivismo ingênuo, a segunda subdivisão do capítulo. Em termos gerais, a definição de indutivista ingênuo criada pelo autor remete ao raciocínio indutivo, que o mesmo cita ser em sua maioria, enquanto ciência, “completamente equivocada e mesmo perigosamente enganadora” (CHALMERS, 1993, p. 25). Para ele, o indutivista ingênuo tende a iniciar sua prática científica pela observação, sendo os dados a fonte essencial para constituir-se uma teoria. Ao coletarmos certas proposições como afirmações para levantarmos algum dado, podemos nos deparar com dois tipos de Afirmações, as singulares e as universais. As afirmações singulares reportam-se a uma ocorrência, estado ou lugar específico de alguma coisa num tempo específico, o que o estudioso não crê ser interessante em citar. As afirmações universais declaram atestações de um ou alguns comportamento(s) de eventos de um tipo específico a todos os lugares e tempos, sem distinção e que devam respeitar a generalidade, a variedade de condições e não devam conflitar com a lei universal da qual derivam, nos levando do particular para o todo. Todo esse aparato para justificar uma afirmação universal é que o estudioso denomina de raciocínio indutivo, e o processo, a indução. Para