resumo
O uso de plantas medicinais pelas populações tradicionais, como remédios caseiros e alimentos é uma prática que vem se mantendo em evidência pelos valiosos ensinamentos propagados por todas as nossas gerações passadas (bisavós, avós, pais, tios...), garantindo assim, a base milenar do uso de plantas medicinais no tratamento das doenças.
Manter a saúde em bom estado é preocupação tanto coletiva como individual. Portanto, a situação econômica e sanitária adequada, ainda hoje não oferecida a todos, faz com que busquemos alternativas para alimentação e remédios.
1.1 História da Fitoterapia
Legenda da figura
A fitoterapia é tão antiga quanto à história da humanidade, tendo surgido independentemente em grande parte dos povos, fazendo parte da evolução humana, sendo o primeiro recurso terapêutico utilizado. A mais antiga referência conhecida sobre o uso das plantas data de mais de sessenta mil anos. Animais silvestres dificilmente se enganam ao distinguir plantas tóxicas de espécies alimentares. Acredita-se então que, ao observar o comportamento dos animais, o homem pré-histórico descobriria as propriedades curativas das plantas aprendendo que algumas eram terapêuticas e outras venenosas. Como exemplo, cita-se a observação de religiosas sobre os efeitos excitantes nos herbívoros domésticos que ingeriam cafeeiros selvagens (Coffea arábica L.). Essa observação promoveu o incentivo à utilização desses vegetais a fim de prolongar o estado de vigília a que eram submetidas por conta de suas ocupações. Nas referências históricas sobre plantas medicinais, verifica-se a existência de relatos de sua utilização em praticamente todas as antigas civilizações e, bem antes de surgirem às formas de escrita, as plantas já eram utilizadas pelo homem como alimento e/ou remédio. Tiveram sucessos e fracassos, com curas, mortes e/ou desencadeamento de efeitos colaterais em suas experiências com ervas. Devido à evolução e sofisticação da fitoterapia no decorrer dos